Caros colegas, não é da minha autoria, mas vale sempre a pena reflectir.
Raquel
Cartum, Sudão, 06 Set (Lusa) - O chefe de redacção de um jornal independente sudanês, que suscitou uma onda de críticas ao publicar um artigo denunciado como blasfemo, foi hoje encontrado decapitado num bairro de Cartum, disse a polícia. Mohammed Taha Mohamed Ahmed, chefe de redacção do jornal sudanêsAl-Wifaq, fora raptado terça-feira à noite da sua casa no leste de Cartum por homens armados. O seu corpo foi encontrado numa outra parte da cidade um dia depois, disse uma fonte do Ministério do Interior, a coberto do anonimato. O major da polícia Mohammed Nagib Al-Tayeg disse que vários suspeitos foram detidos por alegado envolvimento do crime que descreveu como "estranho às tradições e ética sudanesas". Não deu mais pormenores sobre os detidos e as circunstâncias das detenções. Em Maio de 2005, uma multidão de sudaneses concentrou-se em frente do tribunal da capital exigindo a pena de morte para Ahmed por insultar o profeta do Islão, ao publicar um artigo da Internet que questionava a origem familiar do profeta Maomé. O jornal Al-Wifaq foi multado em 8.000.000 libras sudanesas (cerca de 3.300 dólares) pelo alarido que causou nesta nação conservadora muçulmana. Ahmed rejeitou as críticas de blasfémia e desculpou-se numa carta à imprensa afirmando que não tencionavainsultar o Profeta. O artigo enfureceu muçulmanos de diferentes seitas. O jornal foi temporariamente suspenso pelo governo. A blasfémia e insultos ao Islão podem significar a pena de morte no Sudão que é governado pela lei islâmica (Sharia) desde 1983. TM. Lusa/Fim
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